Epidemias

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A humanidade segue os passos da evolução, mas continua convivendo com doenças infecciosas, consideradas como uma das maiores causas de morte do planeta. A cada dois ou três anos o vírus influenza vem causando epidemias (aparecimento súbito de doenças infecto-contagiosas, que se difundem rapidamente, atingindo muitas pessoas) e, eventualmente, pandemias. No ano de 1918, cerca de 21 milhões de pessoas morreram com a gripe espanhola. Em 1957 foi a vez da gripe asiática. O saldo foi de mais de 1 milhão de vítimas. Anos depois, em 1997, pesquisadores acabavam de descobrir um novo tipo de doença – a gripe do frango -, causada pelo vírus H5NI. Seis pessoas morreram dentre 18 casos ocorridos no sudeste da Ásia naquele ano.

Infectologistas agora lutam para combater esse vírus, que, se combinado com o vírus da gripe humana, se espalharia em poucas semanas, não dando tempo de fabricar uma vacina. Mais epidemias e mortes aconteceriam. Cerca de um terço da população poderia sumir do mapa.

O trabalho dos cientistas é correr contra o tempo. Enquanto laboratórios trabalham na fabricação de uma vacina contra a gripe do frango, o vírus influenza H5NI vai se espalhando. Frangos, patos, papagaios e até águias, nada pode transpor as barreias sanitárias que os países montaram para conter a doença. Mas, infelizmente,. Homens e animais morrem a cada dia. Em 2003, foram registrados casos na Bélgica e na Holanda, mas a doença foi controlada. Em dezembro de 2004, mais de 11 mil aves, entre frangos e patos, foram sacrificadas no sul do Vietnã para evitar a volta da gripe do frango. Vinte pessoas morreram, segundo informaram as autoridades. Neste mesmo mês, o Ministério da Saúde do Japão detectou o primeiro humano infectado naquele país pelo vírus causador da doença.

A gripe do frango também afetou o Camboja, a China, a Indonésia, o Laos, os Estados Unidos, o Paquistão, a Coréia do Sul, a Tailândia e Taiwan. Somente em 2004, pelo menos 32 pessoas morreram na Ásia por causa da doença.
A gripe aviária reapareceu no leste da Ásia há cerca de um ano. Mais de cem milhões de aves foram sacrificadas em toda a região para conter a epidemia. Para os especialistas, serão necessários dois ou três anos de esforços contínuos para eliminar a doença totalmente.

“O Brasil será o único país da América Latina a fabricar vacinas contra a gripe. O Instituto Butantan está montando um laboratório que vai ficar pronto em dezembro de 2005. Mas apenas em 2007 é que a vacina contra influenza será fabricada.

Esperamos suprir toda a demanda nacional em dois anos e, então, poderemos até fornecer para o Hemisfério Norte”, afirmou Isaías Raw, pesquisador e presidente da Fundação Butantan, ligada ao instituto, em São Paulo.

A largada já começou. Com a construção de um laboratório no Butantan, haverá condição de desenvolver uma técnica de fabricação de vacinas para combater a gripe, evitando que o vírus se espalhe, contaminando fortemente a humanidade.
“Precisamos ter essa tecnologia. Se a coisa piorar, não vamos poder contar com os estrangeiros para a produção de nossas vacinas”, disse Raw.

Enquanto as pesquisas seguem, o número de vítimas aumenta. Mas o pesquisador esclarece que não há um dado oficial de mortes. “Os números são chutes. Se acontecesse uma pandemia, ela se espalharia em pouco tempo e, sem vacina, parte da população seria atingida. Não dá para fazer uma contagem exata. Diariamente mais casos da gripe do frango são divulgados.”

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse que nunca viu tanta destruição


EPIDEMIA
OMS diz que mudança climática pode expor 2 bilhões de pessoas à dengue até 2080

GENEBRA - Em relatório divulgado hoje por ocasião do Dia Internacional da Saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a mudança climática pode aumentar para dois bilhões o número de pessoas expostas à dengue até o ano de 2080.

Segundo a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, a pandemia de dengue que atinge a América do Sul não se deve única e exclusivamente à mudança climática, mas o aumento das temperaturas ajudou muito a expansão da doença.

"Os efeitos da mudança climática já podem ser percebidos. É necessária uma ação urgente para minimizar seus efeitos, não é especulação, mas uma realidade", declarou hoje em entrevista coletiva Margaret Chan.

A diretora-geral afirmou que a mudança climática é "uma ameaça direta à saúde", uma vez que as conseqüências do aquecimento global "podem afetar alguns dos elementos mais importantes para a saúde, como o ar, a água, os alimentos, um teto para se abrigar e a ausência de enfermidades".

Para Chan o ser humano já está exposto a doenças que sofrem significativa influência do clima e que causam milhões de mortes por ano.

Como exemplo citou a desnutrição - responsável por mais de 3,5 milhões de mortes por ano -, as doenças relacionadas à diarréia - que matam mais de 1,8 milhão - e a malária - causadora de mais de um milhão de mortes por ano. "Com a mudança climática esta situação vai piorar", declarou a diretora-geral.

Segundo ela, os efeitos nocivos da mudança climática já podem ser comprovados em recentes catástrofes, como a onda de calor na Europa em 2003 que matou 70 mil pessoas, o furacão Katrina - nos EUA -, a epidemia de malária na África Oriental agravada pelo aumento da temperatura e a pandemia de cólera em Bangladesh após as grandes inundações. "Há muito a fazer hoje para evitar que estas situações se repitam", declarou Chan.

As doenças causadas pelos mosquitos e outros agentes transmissores causam anualmente mais de um milhão de mortes e as doenças ligadas à diarréia mais 1,8 milhão. Segundo o relatório, atualmente a poluição do ar causa 800 mil mortes por ano.

As estimativas citadas pela OMS dizem que, caso a temperatura global aumente 1 grau centígrado, poderia haver 20 mil mortes anuais a mais por causa de doenças cardiorrespiratórias. Por isto, os membros da agência da ONU consideram que esta é a hora de se estudar profundamente as conseqüências que o aquecimento global pode ter para poder atuar imediatamente.

"Precisamos conhecer a magnitude do problema para melhor entender o tema, identificar os buracos negros e desenvolver programas para tapá-los", afirmou o diretor-geral adjunto da entidade, David Heymann.

A OMS e seus associados - o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a Organização Meteorológica Mundial - estão desenvolvendo um plano de trabalho e uma agenda para elaborar estimativas melhores sobre o tamanho e a vulnerabilidade da saúde humana.

Quando estiver com todas as informações, serão elaboradas estratégias e instrumentos para ajudar os Governos a implementar programas de planejamento e contingência


Doença rara no Tocantins
Vítimas ficam cegas de forma irreversível

PALMAS - Uma doença rara já causou cegueira irreversível em 12 pessoas - entre elas cinco crianças - no município de Araguatins, no estado do Tocantins. A cidade fica 630 quilômetros da capital Palmas.
De acordo com pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), 262 pessoas foram infectadas. Os cientistas acreditam que essas pessoas tenham sido vítimas da ação de um parasita trematóide, típico de caramujos.
Segundo técnicos da Secretaria Estadual de Saúde, os sintomas da doença são parecidos com os da conjuntivite (coceira e ardência nos olhos). O caramujo se proliferou em uma das “praias” de rio do município.
As pesquisas no local foram realizadas pela Fundação de Medicina Tropical do Tocantins, Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e Universidade de São Paulo (USP).


Aids

Cresce número de homens heterossexuais com a doença

BRASÍLIA – O número de casos de Aids em homens heterossexuais com mais de 13 anos subiu de 25,6% para 42,6%, entre 1996 e 2006, segundo o Boletim Epidemiológico 2007. O levantamento também mostrou que o número de casos em homens homossexuais e bissexuais se estabilizou e diminuiu a incidência em usuários de drogas injetáveis.

Segundo o boletim, os casos da doença registrados na população masculina em homo e bissexuais passaram de 29,4%, em 1996, para 27,6%, em 2006. No mesmo período, o número de usuários de drogas caiu de 23,6% para 9,3%.

Já em relação às mulheres, também com idade acima de 13 anos, foi registrado aumento de 86,1% para 95,7%, entre 1996 e 2006. Assim como verificado na população masculina, o índice em usuárias de drogas injetáveis também caiu, passando de12,6% para 3,5%, no mesmo intervalo.

O boletim mostra também que, no Brasil, a razão entre homens e mulheres infectados pelo HIV está em queda. Em 1985, havia 15 casos da doença em homens para 1 em mulheres; hoje, a proporção é de 1,5 para 1.

A incidência da doença, tanto em homens quanto em mulheres, é maior na faixa etária entre 25 e 49 anos. Nos últimos anos, foi verificado o aumento porcentual de casos na população acima dos 50 anos, em ambos os sexos.
Aids: mais de 40 milhões de vítimas no mundo

Na América Latina, 25% a 35% dos casos da doença acontecem entre homossexuais

Agência Unipress Internacional
Colaborou Letícia Namorato

ÁFRICA – Cerca de 40,3 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus da Aids no mundo. Segundo um relatório divulgado esta semana pelo Programa da ONU contra a Aids (Unaids) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), este é o nível mais alto já atingido. Só em 2005, cinco milhões contraíram a doença. Dos casos de Aids notificados na América Latina, 25% a 35% correspondem aos homossexuais. Todavia, é o continente africano a região com mais soropositivos.

Na África, há cerca de 25,8 milhões de portadores do HIV, 11 milhões a mais que em 2003. De acordo com o relatório, 75% dos soropositivos do planeta vivem na região e 77% do total das mulheres infectadas são africanas. Entre as grávidas, a infecção é de 20% ou mais em Botsuana, Lesoto, Namíbia, Suazilândia, Zimbábue e África do Sul, país em que a epidemia atinge níveis alarmantes e onde não há indícios de redução dos casos.

Com exceção do Caribe – segunda região mais afetada no mundo –, o número de soropositivos aumentou em todo o planeta. Neste ano, a Aids já matou 3,1 milhões de pessoas, das quais 570 mil são crianças.

Um fator de grande importância citado pelos especialistas é a transmissão do HIV nas relações sexuais entre homossexuais, questão sempre preocupante, já que na maioria dos países, os níveis mais altos de infecção correspondem a esse grupo. A prevalência da doença vai de 2% a 28%, dependendo do país.


Tragédia infantil na África

A mortalidade infantil cresce cada vez mais na África devido à falta de medicamentos anti-retrovirais especiais e de exames acessíveis para detectar a doença em recém-nascidos. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou à imprensa, nesta semana, que metade das crianças soropositivas dos países subdesenvolvidos morre antes de completar dois anos.

Nove em cada 10 crianças infectadas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) vivem na África. Do total, 95% adquiriram a doença ainda na barriga da mãe, no parto ou durante a amamentação. Só no ano passado, a doença matou 300 mil menores na África.

No Quênia, há 120 mil crianças infectadas com o HIV. Das 18 mil que precisam de tratamento com anti-retrovirais, apenas 1.300 estão recebendo o medicamento. O que ocorre é que não há uma dose para crianças, sendo preciso tomar apenas parte do comprimido.

O risco de não ingerir a quantidade necessária pode permitir que o vírus desenvolva resistência ao remédio. Por outro lado, a overdose do anti-retroviral pode ser tóxica.


OMS fracassa no combate à Aids

Jim Yong-Kim, diretor do departamento de HIV/Aids da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse à BBC, nesta semana, que o objetivo de conseguir que três milhões de pessoas soropositivas que vivem em países em desenvolvimento recebam anti-retrovirais, não será alcançado.

O medicamento não fornece cura para a doença, mas bloqueia a capacidade do vírus de se multiplicar e pode retardar o início da doença, ao tornar o ataque ao sistema imunológico mais lento. Apenas um em cada dez africanos e um em cada sete asiáticos têm acesso ao medicamento. O diretor confessou que sabia que a meta seria difícil de ser alcançada e pediu desculpas.




Mais de 2,5 mil pessoas morreram de cólera em Angola, e 35% dos casos foram registrados em crianças.

ONU alerta que cólera matou mais de 2,5 mil pessoas

LUANDA - Mais de 2,5 mil pessoas morreram de cólera em Angola desde o início de uma epidemia em fevereiro, informou nesta sexta-feira (8) o Fundo das Nações Unidas para a Infância. De acordo com o Fundo, novos casos ainda são registrados no país africano, principalmente em cinco províncias do sul e do norte. A epidemia, que se iniciou em Luanda, se espalhou para 16 das 18 províncias de Angola. Autoridades do governo registraram um total de 62,3 mil casos, de acordo com o Unicef.

A ONU está particularmente preocupada com a ameaça causada pela doença em crianças abaixo de cinco anos, que representam mais de 35% dos casos. Como parte dos esforços para combater a epidemia, o Unicef informou que está enviando cisternas, tabletes para purificar a água e sabão às áreas afetadas.

A transmissão da doença é através de água contaminada e está diretamente ligada à falta de higiene e saneamento. Embora possa ser tratada com facilidade, é uma das principais causas de mortes nos países em desenvolvimento.


Acidente e drama com febre maculosa

Instituto Osvaldo Cruz esclarece população
Agência Unipress Internacional

RIO DE JANEIRO - Dos três infectados com a febre maculosa, morreram o jornalista e pesquisador da MPB Roberto Moura, na última quinta-feira (27), e o médico Fernando Villas Boas Filho, superintendente da Vigilância Sanitária do município do Rio, ontem (31), no Hospital Quinta D´Or, em São Cristóvão, onde estava internado. A terceira pessoa infectada, um professor aposentado, se encontra internada no Hospital São Lucas, em Copacabana.

A febre maculosa é uma doença transmitida por carrapatos infectados pela bactéria Rickettsia rickettsii. O local onde ocorreu a contaminação (Pousada Capim Limão, em Itaipava, na Região Serrana do Rio de Janeiro) já foi interditado pela Secretaria de Saúde.


Resultado só para paciente

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve divulgar na tarde de hoje o resultado do exame feito em outras três pessoas com suspeita de terem contraído febre maculosa. O jornalista Pablo Ferreira, da FioCruz, comunicou que os resultados só serão divulgados para os próprios pacientes. A declaração foi divulgada ontem (31) em uma coletiva que contou com três cientistas: José Rodrigues Coura, Elba Lemos e Anthony Érico Guimarães.


Explicação científica

Segundo o cientista José Rodrigues Coura, o exame de sorologia pedido aos pacientes é indireto por onde não se pode ver nem a bactéria nem o carrapato.

“A bactéria, ou fica no lugar da picada ou no próprio carrapato. O ideal seria ter feito uma pequena raspagem no local da picada”, informou.

De acordo com as explicações do cientista, a sorologia dá uma resposta à infecção; o que vai depender muito do paciente. “Um número grande de pessoas pode ser infectado e não saber que foi. Isso porque a quantidade de bactéria expelida pelo carrapato pode ser maior em uma pessoa e menor em outra”, esclareceu.

Coura explicou ainda que tudo depende do inóculo (quantidade de bactéria) depositado no organismo no momento da picada. “Essas pessoas que faleceram devem ter tido um inóculo muito grande de bactérias muito virulentas. O carrapato gruda e durante um tempo as bactérias que estão nele se revitalizam e pela glândula salivar são injetadas na vítima, afirmou.

O cientista disse que a vacina contra a bactéria existe, mas que não se pode sair vacinando uma população inteira que talvez nem tenha contato com carrapatos. A vacina seria indicada somente para pessoas que enfrentam uma realidade diária com o problema; como os veterinários, por exemplo.


Alerta

Coura deixa um alerta para as pessoas que forem picadas por carrapatos. “O fundamental é que a pessoa chegue rápido ao médico para que, após um diagnóstico, seja tratado adequadamente porque a cura é de 100%. As reações e manifestações clínicas, começam a aparecer no máximo após 10 dias”, finalizou Coura.


Descoberta anomalia genética
Pesquisa diz que essa pode ser a chave para reduzir contágio da Sars


PEQUIM - Uma anomalia genética pode ser a chave para reduzir o contágio da Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars), que em 2003 matou 775 pessoas no mundo todo, segundo uma pesquisa científica.
Uma equipe da Universidade de Hong Kong descobriu que as pessoas que têm seções repetidas do código de um gene chamado CLEC4M têm 30% menos chances de serem contagiadas pelo vírus da Sars.
No entanto, a proteção só é efetiva quando essas pessoas registram a repetição do gene em ambos os cromossomos, segundo a pesquisa publicada pelo jornal South China Morning Post.
O gene CLEC4M codifica uma proteína conhecida como L-SIGN, que é um receptor celular situado na superfície das células onde, segundo os pesquisadores, nos casos de pessoas que contam com um código repetido do CLEC4M, o vírus da Sars adere e no final é eliminado.
A proteína L-SIGN se encontra no fígado e no nódulo linfático e foi estudada também em pesquisas prévias sobre doenças como a hepatite C e o vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), que causa a Aids.
O estudo sobre o gene CLEC4M foi realizado pelo pesquisador Lin Chen-Lung entre 285 pessoas infectadas pelo vírus da Sars, cujos perfis genéticos foram comparados com outros três grupos de não infectados, no total 842 pessoas.
No início de dezembro, outra equipe da Universidade da China chegou a conclusões similares e revelou que, durante a primeira semana da infecção, os doentes de Sars que depois desenvolvem sintomas graves mostram um nível superior de uma proteína que canaliza as células imunes para eliminar as infectadas.
Níveis excessivos de Proteína 10 (IP-10) podem produzir um excesso de reação e, em conseqüência, a eliminação tanto de células sãs como infectadas.


Gripe Suína

A Influenza A H1N1 (comumente conhecida como Gripe Suína) é uma gripe pandêmica que atualmente está acometendo a população de inúmeros países. A doença é causada pelo vírus influenza A H1N1, o qual representa o rearranjo quádruplo de cepas de influenza (02 suínas, 01 aviária e 01 humana).
A gripe foi inicialmente detectada no México no final de março de 2009 e desde então se alastrou por diversos países. Desde junho de 2009 a OMS elevou o nível de alerta de pandemia para fase 06, indicando ampla transmissão em pelo menos 02 continentes.
Os sinais e sintomas da gripe suína são semelhantes aos da gripe comum, tais como febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dor na garganta e fraqueza. Entretanto, diferentemente da gripe comum, ela costuma apresentar complicações em pessoas jovens.
Surto de gripe suína de 200Surto de gripe A (H1N1) de 2009

Passageiros do metrô na Cidade do México usando máscaras de proteção em 24 de Abril de 2009.
O surto de gripe suína de 2009 em humanos, oficialmente denominado como gripe A (H1N1) (português europeu) ou influenza A (H1N1) (português brasileiro),[21] e inicialmente conhecido como gripe mexicana gripe norte-americana, influenza norte-americana ou nova gripe, deveu-se a uma nova estirpe de influenzavirus A subtipo H1N1 que continha genes relacionados de modo muito próximo à gripe suína. A origem desta nova estirpe é desconhecida. No entanto, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) anunciou que esta estirpe não foi isolada em porcos. Esta estirpe transmite-se de humano para humano, e causa os sintomas habituais da gripe.
[editar] Vacina
Existe uma vacina para porcos, mas nenhuma para humanos. A vacina contra a gripe "convencional" oferece pouca ou nenhuma proteção contra o vírus H1N1. O Japão anunciou que pretende desenvolver uma vacina eficaz e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) vem investigando formas de tratamento.
O Instituto Butantan, em São Paulo, está colaborando com a Organização Mundial de Saúde em uma pesquisa para elaborar uma vacina contra a gripe suína e prevê finalizar o processo dentro de quatro a seis meses.
Todavia, segundo Karl Nicholson, da Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, se o vírus evoluir para uma pandemia, a primeira onda vai chegar e irá embora antes que uma vacina tenha sido produzida.
Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) mapearam as sequências genéticas dos primeiros vírus influenza A (H1N1) a chegarem ao Brasil, que foram, segundo o Ministério da Saúde, coletados de quatro pacientes: dois do Rio de Janeiro, um de Minas Gerais e um de São Paulo. Segundo uma análise preliminar, o vírus encontrado nos casos brasileiros é idêntico ao que circula em outras localidades. Segundo Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC, o sequenciamento genético é fundamental para acompanhar a evolução do vírus no país e abre a possibilidade para o desenvolvimento de protocolos de diagnóstico.

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